Teorias da conspiração
- Paulo Finuras
- 30 de mar. de 2020
- 1 min de leitura
O que motiva as pessoas a acreditar em "teorias da conspiração"?
1) Gostamos de boas histórias;
2) Não gostamos de explicações simples para problemas complexos;
3) Necessitamos de compreender o mundo e reduzir a sua complexidade com respostas para o porquê das coisas acontecerem e serem como são;
4) Precisamos de sentir que controlamos a incerteza de modo a gerir o terror da ideia da morte!
Não chega o facto de que coisas aparentemente improváveis possam simplesmente ocorrer e muitos acontecimentos chocarem com as nossas interpretações em relação àquilo que achamos que deveria acontecer, ou em relação àquilo que consideramos certo ou errado, justo ou injusto.
Claro que existem mesmo conspirações, mas, na maioria das vezes, as teorias que se espalham de forma "viral" não são mais do que armadilhas cognitivas que servem para reforçar o “efeito confirmatório”: queremos ver aquilo em que queremos acreditar.
Queiramos ou não, independentemente dos factos e números mostrarem que certas crenças são completamente erradas e mesmo absurdas, as emoções trunfam a razão.
Por isso, as teorias da conspiração tendem a existir e a propagar-se integrando a coreografia das explicações humanas para tudo o que acontece.
Até para aquilo que nem chega a acontecer.
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